A Respiração do Yoga

O que me impressionou nas minhas primieras práticas de Yoga foi o fato de um simples exercício respiratório me transformar em tão poucos instantes. 

Há vinte e poucos anos, estudando para o vestibular, fiz uma declaração para minha mãe:  – “Estou com a sensação de que o ar do universo não é suficiente para mim,  mesmo parada fico inspirando por diversas vezes sentindo uma leve falta de ar, um aperto no peito”. Minha mãe respondeu na hora: – Você está ansiosa, vamos para o yoga comigo hoje.

Nesta primeira aula eu era a mais nova da truma e todas estavam de collat e meia calça kkkk, a prática começou com as técnicas respiratórias (pranayamas), uma música de fundo muito sensível e já naquele momento, pela primeira vez eu tomei consciência da minha respiração e já percebi aquela sensação de aperto peito diminuir.  Saí desta primiera aula sem saber ao certo o que estava sentindo,  mas sabia que era algo muito bom… a única coisa que conseguir expressar para minha mãe foi: -“Quero ser como esta professora, quero trabalhar com yoga” Ela deu uma bela gargalhada e disse que eu iria fazer faculdade e que tinha que esquecer aquela idéia. Bom, aqui estou ministrando aulas de yoga há 15 anos e falando sobre pranayama. 

A respiração é o unico ato vital inconsciente que podemos ter acesso e controle imediato. Por meio dela temos condições de mergulhar nas profundezas do nosso inconsciente e torná-lo consciente. Desta forma abrimos o livro interno e ganhamos condições de ler os registros mais íntimos. Como resultado deste auto-conheciemnto, seguramos a rédeas da transformação e conduzimos nossa evolução. Quer mais alguma coisa? Imagine uma prática de Yoga inteira com respiratórios, mantras, posições psico-físicas, relaxamento e meditação! Impossível não mudar.

Pranayama é “FORÇA VITAL, ENERGIA, RESPIRAÇÃO” A vida começa com a primeira inspiração e se prolonga até a última exalação. O alento é a vida, que flui com tal naturalidade que são poucos os momentos em que percebemos o seu valor.

Sente-se de maneira confortavel com a coluna ereta e os olhos fechados. Inspire  e expire bem profundo e sinta o ar entrando e saindo por suas narinas, passando pelos condutos respiratórios. 

Perceba o movimento do seu abdomem, deixe a respiração espontânea e apenas observe-a. 

Agora junto com o ar, mergulhe dentro de você. Deixe sua consciência entrar em seus pulmões, perceba o leve toque do ar nas narinas. Esteja presente na respiração como se, neste momento, não existisse nada além dela. 

Boas práticas!

Namastê,

Simone Saavedra

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